quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Reveillon 'brasileiro' na praia

Quando 1 milhão de carros deixam uma cidade para ir para outro lugar, eu acho que a Terra talvez até mude o seu centro de gravidade. Pro paulista que corre pra paia, coisas incríveis acontecem no caminho, e quando chegamos no destino.

O tempo necessário para transpor 100 km passa de uma para seis ou sete horas. No meu caso, como eu decidi iniciar minha viagem às 4 da manhã, precisei de quatro horas e meia pra chegar ao Guarujá. Mas vale a pena.

A praia faz parte da vida de um brasileiro tanto quanto o ar, ou a água. No Reveillon, ou no Carnaval, é praticamente obrigatório vir por os pés na areia, ou sentir a brisa do mar. E pra quem outro dia estava curtindo o frio da neve, as sensações são mais 'brasileiras' ainda.

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Pinheiros ganha Liga Nacional de Handebol 2009

Mesmo sendo nosso grande rival nos áureos tempos, o vídeo abaixo com a conquista do Pinheiros é muito gostoso de ver. São os melhores lances da final, contra a equipe de Londrina.
Handebol de primeira linha, com grandes lances, e produzido pela ESPN.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

A qualidade do teatro influencia o preço do ingresso

Quanto pode custar um ingresso para um espetáculo que tem banheiros nojentos? A reportagem do Terra mostra a precariedade dos estádios brasileiros e denuncia o vandalismo nas instalações já ruins. Claro que essa é uma das razões para os times estarem quebrando e os jogadores estarem deixando o país ainda adolescentes.

A foto acima mostra o banheiro do Mineirão, lotado no intervalo de um jogo. Segundo a reportagem, os torcedores urinam no chão devido à falta de espaço.

Abaixo, estou postando foto do novo estádio do Dallas Cowboys, no Texas. Covardia, eu sei, mas a comparação tem apenas o intuito de mostrar o abismo entre as duas realidades. Quem quiser babar, clique aqui para conhecer um das praças esportivas mais espetaculares do mundo.

Olha só o tamanho do telão !!!


De malas prontas...

Aulas das crianças acabaram. Trabalho só ano que vem.
Já entramos no clima da viagem para o Brasil, na próxima segunda-feira.
Lá fora está tudo branco, mas a gente só pensa em praia.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Tom Brady: US$ 1 milhão por jogo !!!

Anteontem, fomos ao jogo do Boston Celtics contra o Philadelphia 76ers. Perdemos no minuto final, 98 a 97. Mas no intervalo, um torcedor teve a chance de fazer um arremesso do meio da quadra, valendo 50 mil dólares. Além de sortudo (por ter sido escolhido), o cara era marrento, deu um show antes da tentativa, e converteu o arremesso, como se fosse um dos profissionais em quadra.

Raríssimo! O ginásio quase veio abaixo, em festa pelo pobre mortal. A beira da quadra, prestes a voltarem à ação, gigantes como Kevin Garnett, Paul Pierce, Ray Allen, todos eles ganhando mais do que isso por jogo, assistiram à festa da galera.

Cheguei em casa e fiz uma rápida pesquisa. E cheguei à conclusão que aquilo foi uma miséria. Tom Brady, marido da Gisele Bünchen, e quarterback to New England Patriots, ganha a bagatela de US$ 1 milhão por jogo.  Tá certo que na NFL são apenas 16 jogos por temporada (sem contar os playoffs), mas em compensação, são quase 50 jogadores em campo.

Pois bem, quanto custa um jogo dos Patriots? Quanto o time tem de arrecadar, por jogo, para dar lucro ao seu dono? Pois bem, pra pagar o salário do seu principal craque, a brincadeira começa na casa dos milhões. Por isso, um jogo de futebol americano é um evento tão gigantesco.

Bem, tenho que ir. Estão jogando Dallas Cowboys e New Orleans Saints, e eu não posso perder.

sábado, 19 de dezembro de 2009

Nunca me imaginei cortando lenha...

Esta semana, uma árvore caiu no meio do meu 'driveway', atrapalhando a minha passagem. Minha mulher, que usa a garagem do lado esquerdo, sequer percebeu que a tal árvore estava ali no meio do caminho. Como as folhas cairam, restaram apenas os galhinhos fininhos, perfeitas 'navalhas' para a pintura do meu carro.

Pois bem, busquei inspiração, um belo serrote, e lá fui eu. Cortei um pedacinho (que já seria suficiente para eu passar com o carro). Percebi que a 'quebra' tinha sido mais acima, então cortei outro pedacinho. E outro. E outro. Minha mulher começou a se estressar como se fosse membro de uma ONG presente à conferência em Copenhague.

Lá vou eu, arrastando os pedaços (não dava pra carregar por causa do peso) pro fundo do terreno, pra jogá-los no 'mato' que eu tenho atrás de casa. Fiz um arremesso. E outro. Me senti na Olímpiada. Arremesso de martelo. Quando me dou conta, sobrou só dois pedaços. Pensei: isso dá uma boa lenha pra lareira.

E lá fui eu, cortando os galhos em pedaços menores para que eu pudesse jogar na lareira. A cena é inacreditável. Lá estou eu, serrando lenha, pés na neve, pra me aquecer no inverno. Pensei: que é isso? Virei um homem das cavernas.

Bem, a lareira está acesa, e a primeira taça de vinho pela metade. Nunca pensei que cortar lenha pudesse me fazer bem. Não preciso da lareira (a casa é toda aquecida), muito menos de cortar lenha. Um incidente na saída da garagem virou uma 'viagem' no tempo.

A casa está 'mais' quentinha e a garagem está livre. Descarreguei um monte de endorfina no meu sangue, e descobri mais um dos sabores do inverno que pra nós, brasileiros, é inimaginável. Uau!!!

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

É possível existir vida a 20 graus negativos?


A cidadezinha de Andover, poucos minutos ao norte de Boston, está ensolarada hoje. Mas as aparências enganam. Os termômetros marcam -11 graus. As árvores parecem balançar um pouco mais que o normal. Com um pouquinho de vento, a sensação térmica é de -20 graus centígrados.

Até quanto é possível um ser humano aguentar? Não sei. Mas me parece ser menos frio do que isso. Em curtas distâncias que levam poucos segundos (do carro até a porta da lavanderia, por exemplo), já se sente o frio invadindo cada pedacinho de pele exposta, assim como os tecidos mais finos.

Definitivamente, isso não é um habitat humano. É um milagre o ser humano ter se desenvolvido (e como!) num lugar como esse.

Mancha agride Vagner Love, mas sai impune

Os dirigentes da Mancha Alviverde que partiram pra cima do jogador Vagner Love numa agência bancária de São Paulo, foram libertados na sexta-feira passada.

O jogador foi um dos grandes ídolos da história recente do clube, e já esteve na Seleção Brasileira inúmeras vezes. A Mancha é a principal torcida organizada do Palmeiras, e o trio de agressores, liderado por um sujeito apelidado de "Lagartixa", é velho conhecido da polícia e do próprio clube.

O episódio explica em parte o exôdo de nossos craques. Além da grana, é claro, ninguém gosta de apanhar dessa gente. E isso é rotina nos grandes clubes. As torcidas organizadas estão frequentemente arrumando confusão com os principais jogadores dos times.

Pois bem, o promotor Paulo Castilho, que cuidou do caso, alega que falta passar uma lei no Senado que já passou na Câmara. Isso daria ao Ministério Público a base legal para condenar os agressores. Bom saber que esse primeiro passo para resolver o problema já esteja sendo dado!

Mas o que me chamou atenção foi o comentário final do promotor: "É imprescindível que os clubes se afastem das organizadas. Esse Lagartixa vive do que? Dos ingressos que recebe do Palmeiras como meia-entrada e vende por preço de inteira. O próprio Palmeiras criou o Lagartixa."

Eu concordo em gênero, número e grau. Afinal, há dois meses, o próprio presidente do Palmeiras esteve na festa de aniversário da Mancha. Eu não entendo pra que servem as organizadas, e já bloguei sobre isso. Acho que elas só prejudicam os clubes.

Segue link com a reportagem completa veiculada no UOL.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

O mundo de novo de olho em Copenhague

Depois de sediar a convenção do COI que escolheu o Rio como sede das Olimpíadas em 2014, Copenhague é novamente o centro das atenções quando se decide o futuro do planeta. Eu acho que é simples assim: ou se defende o planeta, ou se dá uma banana pra ele.

Os países que emitem a maior parte dos gases que causam o efeito estufa, ou aqueles que querem crescer (e para tanto pretendem aumentar suas emissões), estão simplesmente ignorando o problema global, como se o problema fosse do vizinho.

Enfim, China e EUA dando vexame. Compreensível, já que a conta não será paga pelos governantes atuais. Obama, alías, acabou de chegar. Nem esquentou a cadeira ainda. Ele vai, evidentemente, empurrar o problema com a barriga. Na China, eles não querem nem saber dessa discussão. A prioridade é crescer, e dar melhores condições de vida aos chineses, que na sua maioria ainda vivem na miséria.

Pois bem, sem China e EUA, não tem acordo. Europeus estão atônitos, mas não há o que fazer. Bem fez o Lula, que lançou propostas avançadas antes de todos, mas que, confirmado o fracasso do encontro, não terá de cumprí-las.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Coritiba anuncia rompimento com organizada

Tudo que eu venho defendendo aqui no site ficou absolutamente visível neste último fim de semana. Na hora da decisão, as torcidas organizadas usaram e abusaram da violência à toa.

Sim, à toa. No caso da eleição no Santos, a causa estava perdida. No caso do Coritiba, o time já estava rebaixado. Lá no Paraná, o presidente do clube declarou seu rompimento com a facção, que não só causou um prejuízo danado, como também gerou perdas significativas para o ano que vem, em função das punições que certamente virão. Clique aqui para ver a bagunça no Couto Pereira.

Ambos os casos demonstram o vandalismo e o uso da violência como instrumento de poder por parte das torcidas organizadas em diferentes regiões do país. Lamentável.

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Brasileirão não é nada na Europa

Assiti à última rodada do Brasileirão na França. Quer dizer, não assisti. Acompanhei pela Internet. Apesar da França ser um país com tradição futebolística, o Brasileirão não faz parte do calendário por aqui.

Nenhuma nota. Nenhum gol. Nada de melhores momentos. Nada.
Vi jogos de rodadas intermediárias dos campeonatos espanhol, italiano e francês. Mas nada do melhor futebol do mundo.

Por que? Porque estádio vazio não é espetáculo. Aliás, hoje descobri que a NFL (liga de futebol americano) proibe a transmissão de jogos com menos de 95% da lotação. Business, entertainment. É duro isolar a paixão, mas o futebol mundial é espetáculo. E o estádio cheio é parte importante.

domingo, 6 de dezembro de 2009

Brasileirão termina com violência e Fla é hexa

Roubo de ingresso, saque, pancadaria, enfim, a realidade brasileira se repete no dia da festa do título. No Maracanã, 15 mil torcedores se rebelaram por não conseguir ingressos para o jogo que promete decidir o título, entre Flamengo e Grêmio.



Com tudo isso, a festa no Rio foi grande com o hexa do Flamengo. Pena que ela não é acessível a torcedores comuns. Pena que a violência seja sempre parte importante do espetáculo. Pena que a violência afujente aqueles que poderiam fazer a festa ficar mais bonita, e poderiam daos aos clubes uma sustentabilidade econômica muito maior.

Botafogo e Fluminense escaparam. Justo? Sei lá. Santo André, Náutico e Sport cairam. Sim, justo. Eles não tem a representatividade necessária a uma participação bem sucedida na Série A. Palmeiras não pegou nem Libertadores. Prova que o campeonato é longo, e exige coordenação e planejamento. Não se pode deixar a peteca cair.

Palmas para o Fluminense, que escapou da Série B numa reação espetacular. E segurou o resultado fora de casa, no confronto direto, na última rodada. Palmas para o Grêmio, que jogou o jogo. E palmas pro Flamengo, campeão. No fim, acho que o destaque mesmo foi o arranque final da dupla Fla-Flu.

Organizadas tumultuam apuração do Santos



Eu estou cada vez mais convencido que as torcidas organizadas não servem pra nada, e que elas vivem se metendo onde não são chamadas.

Na eleição para a presidência do Santos, criaram um tumulto incrível que levou à paralização da apuração.

Um verdadeiro show de horror!
Gás pimenta, gente com braço quebrado, idosos em pânico, e tudo mais. Tudo isso porque o candidato delas estava perdendo...

sábado, 5 de dezembro de 2009

'College football' é uma religião

É inexplicável tentar explicar a intensidade do 'american football' na cultura dos EUA. O esporte é praticado durante o outono, e tem duas ligas sensacionais: a NFL (profissional) e a NCAA (universitária).

A maioria, por incrível que pareça, prefere o 'college football'. Os jogos universitários acontecem principalmente aos sábados, enquanto os profissionais são quase todos jogados aos domingos. É uma coisa louca: há estádios com mais de 100 mil lugares em cidades com apenas 30 mil habitantes.

Em Nebraska, por exemplo, o estádio de mais de 80 mil lugares lotou em todos os jogos durante os últimos 15 anos. Os jogos são os maiores eventos destas cidades, e movimentam milhares de torcedores pelo país. A maioria passa o dia no estádio, num ritual de churrasco e cerveja junto à traseira de cada carro no próprio estacionamento. O ritual é chamado de 'tailgating', e faz parte do programa, tanto quanto o jogo.

Aos sábados, há jogos no país todo. São centenas de times. Estádios enormes e lotados por toda parte. Jogos em vários canais. É difícil acompanhar tantos times, de tantos estados diferentes. É de tirar o chapéu. Anexo link com os 50 estádios de college football mais tradicionais do país.

Segundo a Wikipedia, os 10 maiores estádios, em tamanho, sediam jogos universitários. O maior estádio da NFL está apenas na décima-primeira posição.

Curiosamente, o Rose Bowl, que sediou uma final de Copa do Mundo, e o Coliseum, que sediou duas Olimpíadas, ambos em Los Angeles, estão no meio da lista, sem nenhum destaque.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Clássico tem ingressos a partir de US$ 390

Aqui nos EUA, provavelmente o melhor jogo de 'college football' do ano acontece neste sábado, entre Florida e Alabama. O ingresso mais chinfrim está sendo vendido a US$ 390. Vejam o noticiário da ESPN.

Não estou falando de esporte profissional. É um jogo universitário.
Enquanto isso, no Brasil, o Flamengo vai vender arquibancada a R$ 15 (meia para estudantes) para o jogo do título. Que diferença!
Como é possível segurar os craques aqui no Brasil sem dinheiro?

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Eleições no Santos neste sábado

Sábado tem eleição no Santos Futebol Clube. Evidentemente, estou de olho mesmo aqui de longe. Marcelo Teixeira (novamente), ou Luis Alvaro de Oliveira Ribeiro?

Bem, a verdade é que eu só conheço o MT. Ele está no comando do time há vários anos. Seu passado não o recomenda para mais um mandato, apesar do time ter tido razoável sucesso desde 2002. A verdade é que apareceram dois caras chamados Robinho e Diego, e foram eles que deram os títulos, recuperaram o prestígio, e trouxeram um dinheiro extra ao caixa do clube. O MT deu uma sorte danada desses dois terem aparecido no mandato dele, e a bem da verdade, não administrou bem o legado dos dois. Prova disso é a situação de penúria do time atualmente.

Como disse, eu não conheço o Luis Alvaro. Mas suas respostas no debate promovido pelo blog do Torero, dão de dez a zero no atual presidente. Ele me parece que sabe o que diz, e tem pensamentos muito mais modernos.

Todos sabem que eu sou contra as torcidas organizadas. O Luis Alvaro se mostrou politicamente correto nesse assunto. Eu não tenho essa obrigação. Mesmo com essa diferença nas nossas posições, eu estou com o Luis Alvaro. Boa sorte a todos nós. E viva o Santos.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Pra que servem as torcidas organizadas?

Originalmente, foram criadas para ajudar os times. Equipados com bumbos, pandeiros e afins, eles conseguiriam influenciar melhor os jogadores, motivando-os e levando-os mais frequentemente à vitória. Bem, sabemos que isso não é bem assim, e que muitas vezes eles acabam gritando contra o próprio time, invadindo campo, quebrando alambrado, agredindo jogador, dirigente, etc.

Mas com o objetivo original em mente, eles levantam dinheiro junto a outros torcedores e junto ao próprio clube. Sim, pois os clubes distribuem ingressos gratuitamente para os torcedores que vão 'empurrar' o time, e permitem que as organizadas usem o emblema do time em camisetas, bonés, gorros e toda sorte de itens de marketing que poderiam render royalties ao clube.

E por fim, como os membros ficam amigos, e ficam craques no batuque, eles resolvem montar escolas de samba pra arrumar confusão também nos sambódromos da vida. É que lá também tem arquibancada, e eles tem muita experiência nesse tipo de terreno também.

Resumindo, elas servem pra afastar os torcedores verdadeiros dos estádios, pra aumentar o custo de manutenção nos estádios (eles geram a violência que destrói as instalações), e pra tirar receita dos clubes (venda de produtos sem pagamento de royalties, redução na venda de ingressos e outras fontes de renda indiretas).
Que tal?