quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

Produzir mais energia será mesmo a única resposta?

Quando consideramos os limites do planeta – já reconhecidos pela ciência – fica evidente que devemos buscar formas alternativas de continuar crescendo e produzindo. Nós acreditamos fortemente que a Eficiência Energética é a alternativa mais rápida e mais barata para enfrentar a demanda crescente por energia, sem que a temperatura do planeta aumente mais do que dois graus.

De acordo com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), a América Latina, é uma das regiões mais vulneráveis aos impactos das mudanças no clima. Por isso, desenvolvemos e levamos para Paris o Panorama Exclusivo “Como a América do Sul enfrentará o Dilema da Energia – uma análise sobre o que os países estão levando para a COP-21”, construído por especialistas de renomadas entidades para analisar, sob o ponto de vista da energia, as INDCs (Contribuições Nacionalmente Determinadas Pretendidas) e as políticas energéticas da Argentina, Brasil, Chile, Colômbia e Peru.



Descobrimos, por exemplo, que nesses cinco países existe um potencial de redução do consumo de energia de 20% até 2032, o que pode gerar uma economia de 2.8 trilhões de dólares. E nós deixaríamos de emitir cerca de 2 bilhões de toneladas de CO2eq na atmosfera. Isso tudo, apenas, por meio de ações de Eficiência Energética.

Como costuma dizer Jean-Pascal Tricoire, o CEO da Schneider Electric, "em relação ao clima, não somos otimistas e nem pessimistas, somos ativistas". Acreditamos que o clima precisa de soluções de negócios, por isso, desenvolvemos tecnologias que reduzem o consumo de energia, monitoram e evitam o desperdício e aumentam a utilização de energias renováveis. Sustentabilidade é o nosso fator crítico de sucesso. Nosso e seu.

Clique aqui e conheça o Panorama na versão português.

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quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

Schneider já evitou emissão de 250 mil toneladas de CO2 este ano

No dia 4 de dezembro, a Schneider Electric ultrapassou a marca de 250 mil toneladas de CO2 evitadas por seus produtos e serviços no Brasil, apenas no ano de 2015. A marca foi registrada no Placar da Eficiência, ferramenta que contabiliza o impacto positivo da empresa.



O Placar da Eficiência calcula o quanto os clientes da Schneider Electric Brasil economizam de energia (em kWh), quanto deixam de emitir de CO2, e o resultado financeiro dessas economias. Para o cálculo, são considerados os produtos em operação, e os serviços prestados a nossos clientes. Nesta primeira fase, o Placar da Eficiência computa apenas o impacto positivo dos produtos que tem efeito direto na eficiência energética dos clientes da Schneider.

A se manter o ritmo atual, o volume de CO2 evitado será o equivalente ao consumo anual de cerca de 100 mil veículos. Em volume de energia, a economia já ultrapassou 1.862.000 MWh o que equivale ao consumo de mais de 1 milhão de residências no período.

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segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Demanda por eficiência energética cresce mais que mercado de energia

A demanda mundial por eficiência energética vem crescendo o dobro dos demais segmentos do mercado de energia, disse ao Valor Jean-Pascal Tricoire, CEO da francesa Schneider Electric, líder mundial na gestão de energia. Os investimentos globais nessa área (divididos entre indústrias, residências, construções e transportes) j á passariam de USS 300 bilhões, segundo estudo de 2014 da Agência Internacional de Energia (AIE) sobre o mercado mundial de eficiência energética.

A energia foi um dos temas discutidos ontem na Conferência do Clima da ONU, a CoP-21, em Paris. Para a Schneider, que desenvolve softwares para economia de energia e sistemas conectados para controlar o consumo, além de “redes inteligentes”, a maior demanda por eficiência energética amplia a perspectivas de negócios. Ainda mais considerando-se que há muito desperdício. “Hoje, uma rede elétrica, em qualquer país do mundo, trabalha com menos de 50% d e sua capacidade durante mais d a metade do tempo. É muito ineficaz”, diz o CEO.

Além das mudanças climáticas, Tricoire vê outro motivo que leva empresas a investir na eficiência energética: redução de custos, em especial em tempos de crise. As empresas, segundo ele, estão conscientes da necessidade de se adaptar às mudanças climáticas. “Isso permite reduzir os riscos dos negócios, integrar as consequências financeiras das emissões de carbono e reduzir os custos da fatura de energia”, afirma.

Os fornecedores da Schneider, diz Tricoire, precisam agora informar sua “pegada de carbono” (suas emissões de gases do efeito estufa). O grupo francês assumiu o compromisso junto a seus clientes de fornecer, no futuro, a performance de carbono de seus produtos e a calcular o impacto das emissões de grandes projetos.

Tricoire defende a existência de um preço do carbono “previsível e coordenado em nível mundial”, para evitar diferenças de competitividade entre países. Isso permitiria “acelerar de maneira considerável” o movimento das empresas de reduzir as emissões de CO2.

A Schneider diz que vai investir 10 bilhões de euros nos próximos dez anos em pesquisas de desenvolvimento de novos produtos para elevar a eficiência energética. Para Tricoire, um dos principais problemas enfrentados pelas empresas para reduzir o consumo de energia é “o desconhecimento das tecnologias existentes”.

No Brasil, o movimento das empresas por maior eficiência energética utilizando tecnologias e sistemas conectados ainda é muito incipiente, diz Tania Cosentino, presidente da Schneider Electric no Brasil. “Elas colocam lâmpadas LED, mas deixam o andar inteiro aceso mesmo sem necessidade” exemplifica, para ilustrar que as mudanças ainda são superficiais.

Publicado no Valor Econômico em 08/dez/2015.
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sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

Sachs e Cohen dizem qual é o caminho

Steve Cohen, diretor executivo do The Earth Institute, da Columbia University, diz que a mudança no clima é uma questão importante, mas não é a única. Há também a questão de alimentos, pobreza, urbanização, conflitos, etc. Ele está absolutamente alinhado à visão da Schneider de que o combate ao aquecimento global não será efetivo sem atacarmos o problema do sub-desenvolvimento ao redor do mundo.

“Provavelmente vamos errar esse alvo, mas possivelmente não muito”, ao comentar a meta de limitar o aquecimento a 2 graus Celsius. Ele é otimista de que encontraremos uma energia limpa para abastecer a economia mundial, e acrescenta que “não vamos nos livrar dos combustíveis fósseis até que surja algo melhor”.

Segundo ele, qualquer política que proíba seu uso, estará fadada ao fracasso. “Primeiro há que encontrar meios eficientes de usar a energia”, diz Cohen, que ainda acrescenta que “um terço da eletricidade gerada se perde na transmissão”.

Me parece uma clara apologia à eficiência energética e à geração distribuída. Cohen comanda 800 funcionários (entre eles 37 professores e pesquisadores) e um orçamento de US$ 140 milhões dedicado a temas ambientais.

E o que dizer de Jeffrey Sachs? Ele vê os países negociando boas intenções, mas ainda longe da descarbonização. Segundo os cientistas, a estabilização do clima requer uma completa descarbonização de nossos sistemas de energia e emissões líquidas zero de gases de efeito estufa em 2070.

O problema é que usinas térmicas a gás (em substituição ao carvão) e carros híbridos mais eficientes não chegam nem perto de garantir emissões zero até 2070. Segundo Sachs, nós precisamos emitir 50 g/kWh em 2050, e não 500! Precisamos de veículos com emissão zero (e não veículos mais eficientes), principalmente porque o número de veículos deve dobrar até o meio do século.

A descarbonização exige muito mais que gás natural e veículos mais eficientes. É preciso eletricidade de carbono zero e veículos elétricos abastecidos a partir de uma rede elétrica de carbono zero. Esta transformação mais profunda, diferente das fáceis sugestões apresentadas pela maioria dos políticos, é o único caminho para a segurança climática (aquecimento abaixo do limite de 2º C).

"Ao buscamos a mudança de carvão para gás, ou simplesmente veículos mais eficientes, nós corremos o risco que nos colocar numa armadilha de alto carbono", garante Sachs.

Sachs e Cohen estão nos dizendo qual é o caminho. É bom ouvirmos esses dois senhores!

Referências:

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quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

Brasil lidera preocupação com aquecimento global

A grande maioria (78%) das pessoas entrevistadas pelo Pew Research Center em 40 países é favorável que seus governos assumam compromissos para redução de emissões de CO2 na COP21. A população dos países que mais poluem revelou preocupação inferior à média global. Na China, apenas 18% consideram o aquecimento global um problema muito sério. Mesmo assim, 71% das pessoas é a favor da de um acordo internacional para a redução das emissões. Nos EUA, os resultados foram de 45% e 69% respectivamente.

O Brasil lidera o ranking de apreensão. O aquecimento global é visto como um problema muito sério por 86% dos brasileiros. E 88% dos entrevistados no Brasil são a favor de medidas para contê-lo. A maioria da opinião pública brasileira diverge da posição do governo sobre quem deve arcar com os custos de combate ao aquecimento global. O governo brasileiro defende o princípio da responsabilidade comum mas diferenciada, pelo qual as nações desenvolvidas devem responder por uma parcela maior dos custos. Essa posição é apoiada por apenas 37% dos 45 mil entrevistados em 40 países.


A pesquisa mostra que os maiores níveis de apreensão são registrados na América Latina (63%) e na África (61%), o que se deve à percepção de que o entrevistado pode ser pessoalmente afetado pela mudança climática, mais acentuada nos países em desenvolvimento, e onde já mais pessoas em situação de vulnerabilidade. Na Europa apenas 27% estão preocupados com os efeitos do fenômeno em suas vidas, índice semelhante ao registrado nos EUA.

Ainda assim, os europeus registram o mais elevado nível de apoio à adoção de compromissos por seus governos para limitar a emissão de gases de efeito estufa, com índice de 87%.

Fonte: What the world thinks about climate change in 7 charts