sábado, 16 de abril de 2011

Orgulho que nem todos podem ter

No site da Globo, há 5 "top links" para notícias, esportes e entretenimento. Hoje, dos 5 links para esporte, os três primeiros eram ligados ao Santos. Não que eu queira puxar a sardinha pro lado do meu time, mas a verdade é que o brasileiro gosta de futebol de qualidade.


Corinthians e Flamengo não sabem o que é futebol de qualidade há muito tempo. Eu entro frequentemente nos blogs ligados ao Santos, e está cheio de corintiano palpitando por lá. Esta semana, surgiu essa boataria sobre o Ganso ir pro Corinthians. Não é a primeira vez! A cada jogo decisivo do Santos, a mídia paulistana vem com esse caminhão de bobagem pra cima do pobre do povo paulista, com o claro intuito de "vender jornal". E por incrível que pareça, a corintianada compra...

Pois bem, estou convencido que tem um milhão de pessoas que torce pro Corinthians, Flamengo ou seja lá o que for, mas que na hora que quer ver um bom jogo, procura pelo Santos. A verdade é que o Santos é o único time brasileiro, nos últimos 20 anos, a ter três jogadores de nível de Seleção (Neymar, Ganso e Elano). No ano passado, tínhamos a mesma qualidade, mas o técnico da Seleção era o Dunga, e deu no que deu.

Tenho orgulho de torcer pro time que joga o melhor futebol do país.
Orgulho que nem todos podem ter.

domingo, 10 de abril de 2011

O cliente tem sempre razão!

Chegou a hora de voltar pro Brasil, e com isso cancelar cartões, contratos de serviços, assinatura de revistas, etc. Estava esperando um verdadeiro "perrengue", com longas esperas, linhas caindo, atendentes mal-treinados, dificuldades, penalidades por parte dos fornecedores, etc.

Pois bem, não foi bem assim. Queria parabenizar as empresas que prestaram serviços para mim e para minha família em Boston. As revistas Elle, Sports Illustrated e Entertainment Weekly não só tem uma opção no menu para os cancelamentos, como já creditaram na conta do meu cartão os exemplares pagos e não-entregues. Tudo sem sequer falar com um atendente. Os cartões de crédito (Macy's, Home Depot e Visa) também não me deram nenhum trabalho. Todos me trataram cordialmente, esperando um dia voltar a contar com a minha preferência.

Eu esperava dificuldade mesmo com os prestadores de serviços (TV, telefone, internet). A Netflix (movies) tem a opção de encerramento do serviço no próprio site. Moleza. A TV (Dish) me permitiu cancelar o serviço com data futura. Ou seja: vou ter TV até o último dia que estiver na casa. O provedor de telefonia (Vonage) me ofereceu um plano para continuar usando o serviço no Brasil, que acabei aceitando. Manterei meu número americano, e poderei ligar 100 minutos para os EUA, por US$ 9,99 por mês. Uma pechincha!

Tudo foi extremamente eficiente, simples e cordial. Estou realmente impressionado com o respeito que se tem pelo cliente aqui nos EUA. Valeu pela lição! Mais uma que vou levar na bagagem.

segunda-feira, 28 de março de 2011

Goleiro, artilheiro, temido, decisivo e mortal


O título do meu último post foi "Uma sociedade que não se baseia na justiça, se corrompe". Por isso, mesmo sendo santista, hoje é dia de se fazer justiça a uma lenda do futebol chamada Rogério Ceni. Rogério sempre foi diferente de Higuita, Chilavert e outros goleiros que gostavam de jogar com os pés. A razão dele fazê-lo jamais foi o marketing pessoal, e sim o objetivo máximo do futebol, o gol.

Por conta disso, Rogério se tornou o maior goleiro artilheiro de todos os tempos, com larga vantagem sobre Chilavert, o segundo colocado. Rogério também foi muito mais decisivo do que qualquer outro goleiro artilheiro. Suas maiores performances foram em mata-matas da Copa Libertadores, onde ele liderou o time não só com seus gols, mas com defesas importantes. Aliás, esse é um ponto importante: Rogério jamais deixou de ser um grande goleiro, sua função original, e o fez com primazia inclusive na final do Mundial Interclubes, contra o Liverpool.

Rogério também foi, e continua sendo, um grande exemplo e um grande líder. Se manteve fiel a um único time, o que parece ser a decisão dos verdadeiros fora-de-série, e com isso se perpetuará na história do São Paulo Futebol Clube. Rogério só não brilhou de verdade na Seleção Brasileira, pois bateu de frente com a dupla "manda-chuva e teimosinho" Zagallo e Parreira, e foi afastado das convocações seguintes.

Arrisco-me a dizer que Rogério talvez tenha sido o goleiro que mais contribuiu para um time de futebol em todos os tempos. Isso porque, além de ter sido um ótimo goleiro e um grande capitão, foi também um artilheiro temido, decisivo e mortal.

quarta-feira, 23 de março de 2011

Uma sociedade que não se baseia na justiça, se corrompe

Isto está ficando evidente no caso das cotas de TV do Brasileirão. A história de um clube não pode depender do poder de barganha de seu dirigente, ou de suas relações políticas. O torcedor percebe os conluios, os privilégios, e reage. O resultado é a total falta de credibilidade na estrutura do futebol brasileiro.

Há muitas outras formas de se discutir a divisão das cotas de TV que não dependem apenas do primarismo de se premiar quem tem mais torcida. Pelo que se sabe, o Grêmio receberá um terço de Corinthians e Flamengo. Gostaria de saber dos gremistas, se essa divisão desmedida não significa morte lenta para a capacidade de competir do grande tricolor do Sul.

Há alguma justiça nesse método de divisão de cotas? Nenhuma. A única divisão saudável para o futebol brasileiro seria o de cotas iguais, ou ao menos bem semelhantes, para todos os clubes grandes do país. Ou então partir-se para a valorização do mérito esportivo, a premiação aos que praticam o melhor futebol, são mais vencedores, e produzem o melhor espetáculo para a TV.

Em mais de um século de vida, Flamengo e Corinthians não conseguiram ser os clubes brasileiros mais vitoriosos e poucas vezes tiveram times que encheram os olhos. Se hoje nosso futebol e nossa Seleção são respeitados no mundo todo, isto se deve à decisiva atuação de determinados clubes que não são estes dois considerados “de massa”. Todos sabem, aliás, quais foram os times que mais mais contribuiram para este sucesso que valorizou o futebol praticado no país.

Os clubes e as TVs estão jogando um jogo sorrateiro, sem nenhuma transparência. Um "salve-se quem puder" sem precedentes. A RedeTV ganhou a concorrência, mas a Globo e a Record agem por fora, aliciando quem podem. Só que para haver um jogo são necessários dois times, e o que acontecerá se cada um tiver um contrato à parte?

O que me chateia é que a imprensa não fala nada sobre o assunto.
Por motivos óbvios, comentaristas não emitem opiniões, mesmo com um razoável risco de não se ter um Campeonato Brasileiro em 2012. A verdade é que a ganância de dois clubes, estimulada pelas redes de TV, a CBF, e uma imprensa conivente, levou o futebol brasileiro a esta situação caótica.

Texto extraído do Blog do Odir, com pequenos retoques.

sábado, 12 de março de 2011

A torcida santista voltou a ser a mais feliz do Brasil

Às 19h35 deste sábado o futebol voltou a ficar mais alegre. Com quatro quilos a mais de massa muscular e uma cicatriz no joelho esquerdo, operado há seis meses, Paulo Henrique Ganso pisou o gramado da Vila Belmiro com chuteiras estilizadas e vestindo uma camisa de número 16. Às 19h36 ele tocou pela primeira vez na bola, após 199 dias. E o Santos abriu o placar. Simples assim.

A partir daquele momento, a expectativa na Vila já nem era com o resultado, mas com os outros lances geniais que estariam por vir. Os santistas estavam com saudade da maestria de Ganso no meio-campo.

Às 19h44, 9 minutos depois, Pará passou para Zé Love, que foi à linha de fundo e cruzou. Ganso, de primeira, mandou para a rede. Neste momento, a torcida santista santista voltou a ser a mais feliz do Brasil.

Este texto é inteiramente extraído do site Globoesporte.com (http://glo.bo/fics1F). O texto está perfeito e me emocionou. Por isso, decidi colá-lo aqui no blog.

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Futebol nacional vive "era do medo"

Tenho insistido há bastante tempo que o problema do futebol brasileiro está nas arquibancadas. A violência das torcidas organizadas é nociva ao espetáculo, aos torcedores comuns, e diminui significativamente a capacidade financeira dos clubes.

Com as agressões a Roberto Carlos e Ronaldo, parece que a grande mídia passou a concordar comigo. O UOL criticou duramente o comportamento das organizadas no dia 18/fev, estampando que vivemos a "era do medo".

Afinal, quando perdemos um craque para a Europa, todos dizem que é inevitável, coisa do poder econômico. Balela! O verdadeiro problema é a violência de alguns poucos torcedores, que estraga a festa de todos! Sempre foi e vai continuar sendo, até nossos cartolas abrirem os olhos.

Tenho convicção que a violência é, também, a causa do enfraquecimento econômico dos clubes, pois afasta a classe média e as famílias dos estádios. Na Europa e nos EUA, as famílias são o grande consumidor do esporte, seja ele qual for. Quando a família comparece, a liga se fortalece.

Pois esse mês nós perdemos Roberto Carlos e Ronaldo, esse último uma lenda viva! Não perdemos os craques para o poder econômico europeu. Ambos sairam porque se cansaram de ser injustiçados! Espero que isso valha para alguma coisa, e que nossas autoridades e cartolas se inspirem na Copa que está chegando para tomar as devidas providências.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Ronaldo encantou o mundo, menos a "Infiel"

Pra mim, Ronaldo foi o segundo maior jogador do mundo em todos os tempos, atrás apenas de Pelé. E eu justifico isso com 2 títulos em Copas pela Seleção (1994 e 2002), e 3 títulos de melhor jogador do ano pela FIFA. Todos sentiremos sua falta.

Mesmo com a carreira marcada por lesões graves, Ronaldo fez mais gols que Maradona. Ronaldo também ganhou mais títulos importantes. É até hoje reconhecido e aclamado mundialmente. Jogou nos maiores times da Europa (não me lembro de outro que tenha jogado no Real e no Barça, no Milan e na Inter). Inaugurou uma era de transações milionárias sem precedentes na história do futebol. E principalmente: foi um jogador profissional exemplar. Ronaldo virou uma estrela global pois além de craque e vencedor, sempre foi carismático.

Mas me parece óbvio que o motivo real de sua aposentadoria precoce é a fúria descontrolada da "infiel" torcida corintiana, capaz de se voltar contra o próprio time após qualquer derrota. Fico triste pois sinto que houve desrespeito para com um de meus grandes ídolos.

Roberto Carlos e Ronaldo, dois pentacampeões do mundo, foram escurraçados do Corinthians, e talvez do futebol, por um bando de malucos. Ambos, especialmente Ronaldo, mereciam altas honrarias. Em todos os cem anos de história, eles foram os jogadores mais bem sucedidos a vestir a camisa corintiana. E como tantos outros, deixam o clube pela porta dos fundos.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Leão guloso, míope e inerte

Estamos melhorando, mas o Brasil segue na rabeira dos rankings internacionais em tudo o que é bom para a população. Nossa melhora é muito lenta, porque nosso governo é inerte e nosso "leão" muito faminto. Não existe gestão, apenas gastação.

Nossa telefonia, privatizada há 12 anos, cresceu 900% no período. Bastou assinar a "lei áurea", libertando o setor do Estado, que o crescimento foi absurdo. O Estado, com isso, meteu a mão em R$ 330 bilhões em impostos na década passada. Obvio dizer que, sem o crescimento alcançado, não haveria tal cifra. Não haveria Bolsa Família.

O risco acabou. A necessidade de investimentos também. A única participação do governo nas telecomunicações, atualmente, é nos lucros. Os impostos pagos pelas empresa do setor são 10 vezes maior que os lucros de todas as operadoras juntas. A verdade é que, pelo menos no Brasil, os impostos são muito superiores ao lucro, em praticamente qualquer setor. Ora, então o governo já é sócio de tudo! Pra que queremos políticos corruptos coordenando processos de compra e concorrências?

A Vale é outro exemplo do que acontece quando se privatiza. Também cresceu uma barbaridade, e hoje é uma das três maiores mineradoras do mundo. E para os que reclamam de pedágios, o que seria de nós sem as estradas? Sim, pois elas estariam sucateadas, como de fato estão as que não foram terceirizadas.

E tem gente que ainda é contra a privatização! Não consigo entender. Não existe nenhum caso de empresa bem administrada pelo Estado brasileiro. Nem nunca haverá. Petrobras? Ilude-se quem pensa que é eficiente. Num ranking dos preços de petróleo em 141 países, o Brasil é o décimo-sétimo pior.

Note que na lista há vários países desenvolvidos, e não necessariamente grandes exportadores de petróleo, em que a gasolina é bem mais barata do que aqui. São os casos de Alemanha, Suíça, Canadá, Austrália e EUA. Em quais desses há uma grande estatal do setor de petróleo controlando os preços? Nenhum. Então por que nossos preços são altos? Não somos auto-suficientes?

A resposta é simples. A Petrobras é ineficiente, e o Leão é guloso. A Petrobras está cheia de petistas sem qualquer conhecimento técnico, em todos os departamentos. Estaríamos muito melhor se ela fosse privada. Teríamos mais disputa, mais investimentos, e preços mais baixos. E de quebra, o governo arrecadaria mais pra distribuir no Bolsa Família.