terça-feira, 24 de agosto de 2010

Cheia de glamour, a Côte D'Azur é um colírio

A Riviera Francesa, também conhecida como Côte D'Azur, é pequenininha: tem uns 150 km apenas. A parte bacana começa em Saint Tropez, eternizada por Bridgite Bardot, e vai até Monaco, paraíso dos maiores bilionários do planeta. Fica numa região que os franceses chamam de Alpes Marítimos, o que deixa claro como é a geografia do lugar.

Tem muitas montanhas (de rochosas avermelhadas e sem vegetação) próximas ao mar. Muitas prainhas. Muitas pequenas vilas. A relêvo lembra um pouco a Rio-Santos, mas as cidades são muito diferentes. É uma região extremamente desenvolvida, rica e arrumada. Os hotéis são caros e os frequentadores são abastados.

Porsches e Ferraris são vistos a todo instante. Mas em Monaco a concentração é inacreditável, e os Rolls-Royce aparecem como se fossem Corollas. Barcos e iates também ajudam (e muito!) a enfeitar a paisagem, que se dependesse só das praias, não seria tão sensacional. É que a maioria delas é de pedregulhos, e acinzentada. O lado bom é que a ausência de areia, deixa a água azul e cristalina.

Não curti as grandes cidades (Cannes, Nice e Monte Carlo). Gostei mais das cidades menores (Villefranche-Sur-Mer e Beaulieu-sur-Mer), das paisagens ao longo do Corniche de L'Estérel (veja fotos), e de duas cidadezinhas medievais no alto das montanhas: Eze e St.Paul.

domingo, 22 de agosto de 2010

Avignon é surpreendentemente bacana!


Avignon é uma pequena cidade na região de Provence, no sudeste da França, que acabou entrando no meu roteiro meio que por acaso.

Eu cheguei lá sabendo que a cidade foi sede do Vaticano no século XIV (por quase 100 anos), e que ali viveram 7 papas. Mas fui surpreendido por uma impressionante muralha ao redor da parte antiga da cidade (foi minha primeira visita a uma cidade medievel), que é onde tudo acontece.

A cidade tem duas importantes atrações: o Palácio dos Papas, e a Ponte de Avignon, ambos ligados à época áurea da cidade, há cerca de 700 anos. Mas o que fez a cidade me encantar foi o Festival D'Avignon, que estava acontecendo durante a nossa visita (por sorte!).

Centenas de peças de teatro (de todos os tipos) são apresentadas todos os dias durante o Festival. Os artistas passam o dia nas ruas estreitas, vestidos à caráter, convidando a todos para os seus shows. É um ambiente festivo que dura do meio-dia até depois da meia-noite, em todas as ruas da cidade. Enche de gente, é claro, e a imensa maioria é de franceses.

A cidade conta com muitos restaurantes, lojas, cafés, sorveterias, e teatros para dar conta do Festival e de seus amantes. Tem pra todos os gostos. Avignon dá aos visitantes muita história e muita arte, junto com muito comforto.

Saí da cidade achando que Avignon, pelo menos durante o Festival, tem mais a oferecer do que Paris ou Barcelona. Foi a maior surpresa dessa viagem!

sábado, 21 de agosto de 2010

O forte de Barcelona é a sua modernidade

Diferente da maioria das cidades européias, Barcelona não brilha pela sua história, ou pelos seus prédios de muitos séculos atrás. A cidade até tem seu Bairro Gótico, onde se vê tudo isso, mas certamente não é essa a atração de que dá à cidade o seu magnetismo inexplicável.

Barcelona renasceu há cerca de 20 anos, ao se preparar para os Jogos Olímpicos. É uma cidade nova, moderna, limpa, arrumada. As margens do Mediterrâneo, tem clima muito melhor que as demais grandes cidades da Europa. A cidade tem praia, e ela é muito bem cuidada.

A cidade nasceu longe do mar. Mas hoje brilha pertinho dele. Os complexos construidos à beira-mar dão à Barcelona um clima de "resort", e oferecem tudo do bom e do melhor. As montanhas que cercam à cidade oferecem passeios e vistas inesquecíveis. E a arquitetura revolucionária de Gaudí acrescenta um tempero especial à paisagem.

Barcelona tem as Ramblas, cheia de música e arte de rua. Mas o charme da cidade é o seu conjunto: diversificado, moderno e exclusivo.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Neymar, Chelsea, a galinha e o porco

Neymar escolheu ser feliz!

Abriu mão de muito dinheiro, mas sem dúvida a oferta do Santos é mais do que suficiente para que ele alcance sua independência financeira aqui no Brasil. Isso se é que ele já não tem dinheiro o suficiente...

Como uma galinha, que põe ovos a vida toda, os bons jogadores podem ganhar muito dinheiro sem sair do Brasil. Sem deixar a família e os amigos. Sem passar frio. Sem jogar fora os melhores anos de suas vidas. No entanto, abre-se mão da glória e dos sonhos galácticos.

Alguns dos que vão pra Europa se dão bem. Mas a maioria some, especialmente os mais jovens. Não consigo entender a razão de alguém preferir jogar no Schalke 04, no Shaktar Donetsk, no Besiktas ou que tais. Na Inglaterra, nenhum brasileiro jamais virou estrela. Nosso estilo de jogo é antagônico ao deles.

Neymar acertou ao ficar. Para a maioria dos que voam atrás dos milhões de euros, da glória ou da fama mundial, o verdadeiro custo é uma reputação, uma carreira, uma vida. O mesmo preço que paga o porco.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

A cidade luz é tudo isso mesmo?



Quem me conhece sabe que eu sempre adorei Paris, desde a primeira vez que estive lá. Foi um caso de amor à primeira vista. No entanto, esta minha última visita me fez repensar o posto de "número 1" na minha lista de cidades favoritas.

Paris é indiscutivelmente linda! E te permite mil opções de passeio. Dessa vez, andei pela cidade de bicicleta. O passeio é muito legal, pois permite que se visite muitos pontos da cidade em pouco tempo, e te coloca toda hora de frente com algum cartão postal. No entanto, é uma cidade grande, com ônibus, um monte de carros, etc. Não é o mesmo que passear no Ibirapuera. Quando você é obrigado a sair das ciclovias, dá pra ficar apreensivo com o trânsito.

Mas depois de visitar outras cidades nessa viagem, comecei a achar que Paris não tem alma. O clima da cidade é dominado pela imensidão de turistas, e por monumentos de importância excessiva. O resultado é que todo mundo faz mais ou menos as mesmas coisas, e visita os mesmos lugares. Nem com todo o charme do mundo os franceses conseguem controlar a avalanche de gente de vai a Paris o ano todo.

Continuo amando Paris.
Mas a cidade deixou de ser a minha favorita.