terça-feira, 19 de abril de 2016

A difícil escolha entre o hoje e o amanhã

O mais difícil na vida das pessoas e dos países é a escolha entre o hoje e o amanhã, diz o economista Eduardo Giannetti da Fonseca.


A geração que vivou com a hiperinflação, tem aversão a poupar porque viveu anos num país em que o dinheiro era corroído pelo tempo. Eles foram educados para acreditar, e acreditam, que dinheiro tem que ser gasto, o mais rápido possível. Muitos tentaram guardar algum dinheiro, e hoje vêem que tudo virou pó.

Outros, da mesma faixa etária, não querem fazê-lo simplesmente com medo de confiscos e pacotes que podem fazer esta poupança sumir, do dia pra noite. Milhares de pessoas viveram pesadelos como este, e carregam estas cicatrizes até hoje.

A nova geração, que viveu grande parte da vida após o Plano Real, e portanto numa economia estabilizada, não quer poupar pois tem havido crédito farto por aí. Estes ignoram os altos juros brasileiros, e o quanto isso os prejudica.

Por tudo isso, e muitos outros fatores, temos uma dificuldade crônica de poupar. A maior parte da poupança da maioria dos brasileiros é o compulsório FGTS, que tem péssima rentabilidade, baixíssima liquidez, e deveria ser reformado já. 

De 1994 a 2002, o FGTS rendeu 374%, enquanto o CDI (base das aplicações de renda fixa oferecidas pelo próprio Tesouro Nacional) cresceu 2.682%. Isso prova que o FGTS não é poupança, e sim um confisco, ou mais um imposto.

O Brasil precisa poupar. Sem poupança, não há investimento.
E sem investimento, não cresceremos.

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