sexta-feira, 23 de setembro de 2016

Eficiência Energética gerando impacto exemplar

A atuação da Schneider Electric no Brasil até metade de 2016 mostra uma tendência de alcançarmos uma economia de 2.105 GWh para nossos clientes. Esse resultado seria 1,5% abaixo do registrado em 2015, mas mostra uma evolução de 2,5% em relação ao resultado no final do primeiro trimestre.

De qualquer forma, a operação Brasil da Schneider segue gerando cerca de 170 vezes mais economia de kWh do que o seu consumo total de energia, incluindo todas as plantas industriais no país. A economia gerada equivale ao consumo de quase 1,1 milhão de residências, ou mais que todo o consumo de todo o Estado de Tocantins.

Isso acontece graças a um extenso portfólio de produtos e serviços que geram resultados mensuráveis de eficiência energética, junto com uma clara tendência de busca por ganhos de eficiência. São variadores de velocidade, medidores, sistemas de gerenciamento energético, bancos de capacitores, sistemas de controle e automação, e muitos outros.

Tudo isso está consolidado no Placar da Eficiência, que mostra também uma redução nas emissões de 261.900 toneladas de CO2, equivalente ao consumo de aproximadamente 12 milhões de árvores, ou às emissões de uma frota de 100 mil carros populares.

Trata-se, sem dúvida, de um impacto positivo bastante relevante para o país e, que contribuirá muito para que alcancemos o compromisso estabelecido na COP21 de ganhos de eficiência de 10% do consumo nacional.

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quarta-feira, 1 de junho de 2016

O futuro do Brasil

Não pretendo denunciar minha idade, mas posso dizer que sou do tempo em que o Brasil era considerado o país do futuro. Hoje sabemos que isso era um jargão populista, usado por um Estado sem nenhuma vocação para governar. Não estou aqui falando de um governo ou outro. Estou falando de todos.

Há pouco tempo, a The Economist transformou o Corcovado em foguete, sugerindo que o Brasil iria finalmente deslanchar. Será que foi pra vender revista? Não sei. Só sei que, algum tempo depois, a mesma revista fez uma capa com a "errata".


A verdade é que o Brasil tem recursos mais do que suficientes para ser um país desenvolvido, sem as gigantescas desigualdades que vivenciamos. Mas pra chegar lá, temos um problema grave pra resolver: a natureza e a cultura do Estado brasileiro.

Nosso Estado não governa para os cidadãos. Na maior parte do tempo, ele governa pra si próprio, e legisla em causa própria. E de quem é a culpa? É minha. É sua.

Primeiro porque vivemos numa democracia, e quem coloca os governantes lá, somos nós. Segundo porque o brasileiro espera que o Estado resolva todos os seus problemas, o que não acontece em lugar nenhum do mundo. A idéia de um “Estado todo poderoso” é uma grande mentira, que jamais chegou a acontecer.

Nenhum Estado jamais teve essa capacidade. Então o lógico é focar em algumas coisas apenas, aquelas mais importantes para o cidadão. Mas nessa simples frase estão embutidas duas grandes transformações.

A primeira transformação é aceitar diminuir o tamanho do Estado e focar no que interessa: educação, saúde, segurança e infraestrutura. O papel do governo é dar direção, incentivar o que é bom para o cidadão, e ao mesmo tempo dificultar (ou eliminar) o que é ruim. O governo não precisa fazer tudo. Na maioria dos casos, basta definir as políticas públicas adequadamente. Nosso povo é um dos mais empreendedores do mundo, e certamente se organizará para desenvolver nossa sociedade segundo tais políticas.

A segunda transformação é priorizar os problemas da sociedade, dando a eles a devida atenção. Cidadãos e empresas geram riquezas que sustentam o Estado. E na minha cabeça, quem paga a conta é o “patrão”! Essa mudança de cultura deve valorizar a presunção de inocência nas relações do Estado com a sociedade em geral, eliminando de vez os ranços de desconfiança ou desdém. Não é aceitável ter de esperar 3 meses por uma consulta médica. Ou 6 meses pra se abrir uma empresa. Isso pra mim não é ineficiência. É bem pior que isso!

Essas duas transformações não acontecerão se ficarmos esperando a corrupção acabar. Ela existe no mundo inteiro! Devemos fiscalizar, sim, e muito! Mas o que falta de verdade para sermos o país do futuro, é governo. Falta governo que governe para o cidadão. Talvez pra isso seja preciso uma reforma política contundente. Não sei. Não sou especialista no assunto.

Mas sei que a solução passa por cada um de nós. De um jeito ou de outro, nós faremos o futuro desse país. Ou não.

#brasil #futuro #politicaspublicas
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terça-feira, 19 de abril de 2016

A difícil escolha entre o hoje e o amanhã

O mais difícil na vida das pessoas e dos países é a escolha entre o hoje e o amanhã, diz o economista Eduardo Giannetti da Fonseca.


A geração que vivou com a hiperinflação, tem aversão a poupar porque viveu anos num país em que o dinheiro era corroído pelo tempo. Eles foram educados para acreditar, e acreditam, que dinheiro tem que ser gasto, o mais rápido possível. Muitos tentaram guardar algum dinheiro, e hoje vêem que tudo virou pó.

Outros, da mesma faixa etária, não querem fazê-lo simplesmente com medo de confiscos e pacotes que podem fazer esta poupança sumir, do dia pra noite. Milhares de pessoas viveram pesadelos como este, e carregam estas cicatrizes até hoje.

A nova geração, que viveu grande parte da vida após o Plano Real, e portanto numa economia estabilizada, não quer poupar pois tem havido crédito farto por aí. Estes ignoram os altos juros brasileiros, e o quanto isso os prejudica.

Por tudo isso, e muitos outros fatores, temos uma dificuldade crônica de poupar. A maior parte da poupança da maioria dos brasileiros é o compulsório FGTS, que tem péssima rentabilidade, baixíssima liquidez, e deveria ser reformado já. 

De 1994 a 2002, o FGTS rendeu 374%, enquanto o CDI (base das aplicações de renda fixa oferecidas pelo próprio Tesouro Nacional) cresceu 2.682%. Isso prova que o FGTS não é poupança, e sim um confisco, ou mais um imposto.

O Brasil precisa poupar. Sem poupança, não há investimento.
E sem investimento, não cresceremos.

#investimentos #poupanca #orcamento
#investments #savings #budgets

segunda-feira, 28 de março de 2016

Os vilões da conta de energia continuam a agir

Os tributos e encargos setoriais são os principais vilões das contas de energia. O consumidor paga mais por eles do que paga pela geração, transmissão e distribuição de energia. É o que mostra um estudo recente da PwC que apontou que 40,2% da receita da cadeia de produção de energia se destina a tributos e encargos. O estudo mostra que o peso dos tributos supera 40% da conta de luz desde 1999.

Em 2012, o governo promulgou a Medida Provisória 579 prometendo reduzir em 20% a conta de luz. Fez isso de uma forma artificial que se provou insustentável. Em 2014, ano eleitoral, o Tesouro aportou R$ 11,8 bilhões para subsidiar certas classes de produtores e consumidores até então bancados pela conta de luz dos demais consumidores. Sem esse subsídio, a carga de tributos e encargos sobre a conta de luz teria sido de 51%.

O maior tributo de nossas contas de energia é o ICMS, responsável por 17,8% do total da conta, ou mais de 44% do total de impostos e encargos. Hoje a maior parte da arrecadação do ICMS fica com o Estado produtor, o que torna esse tributo o principal alvo da guerra fiscal entre Estados. Uma solução para este problema só virá com a mudança dessa lógica do ICMS, deslocando a destinação das receitas aos “Estados-destino”, o que tornaria a tributação mais equânime e eficiente.

O segundo tributo mais pesado é o PIS/Cofins, que representa cerca de 10,7% da conta de luz, ou mais de 26% do total de impostos e encargos. Já foi cerca de metade disso até 2003, quando o governo promoveu as mudanças que elevaram a cobrança aos patamares de hoje.

O que se viu nos últimos anos, foi um aumento dos tributos federais (de ~7% para ~14%), e uma redução dos encargos setoriais (que já tiveram pico de ~11% e cairam para 5,6%).  Dentre esses, dois encargos se destacam: a Reserva Global de Reversão (RGR) e a Conta de Consumo de Combustíveis (CCC). Ambos foram eliminados em 2013, mas seus custos foram transferidos para a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), que supostamente deveria contar com recursos do Tesouro, mas que, desde 2015, não conta mais.

A altíssima carga tributária sobre o setor elétrico penaliza as camadas de baixa renda, seja pelo seu próprio consumo, seja pela energia consumida na produção dos bens que adquirem. Mas há pouca chance disso ser corrigido antes das contas públicas sairem do vermelho.

terça-feira, 15 de março de 2016

O planeta já aqueceu 1,5 graus

A assinatura do Acordo de Paris foi importante, mas não basta. Não estamos reagindo rápido o suficiente para controlar as mudanças climáticas dentro de limites aceitáveis.

A prova disso é que, em fevereiro, o planeta esteve 1,5 graus mais quente do que na época pré-industrial. Esse valor foi definido como o limite desejável no acordo da COP21, e faz parte do texto assinado por quase todos os países do mundo. Mas ele já foi.

Vejam só a sequência de recordes negativos e notícias ruins dos últimos seis meses:
Pessoal, a coisa é séria. É preciso a atuação de cada um de nós, na casa, na rua, no trabalho, em todo lugar. Já.

#sustainability #globalwarming #climatechange #carbonemissions
#sustentabilidade #aquecimentoglobal #mudancasclimaticas #emissoesdeco2

quinta-feira, 10 de março de 2016

O PIB é uma boa forma de medir um país?

Na semana passada, saiu o PIB brasileiro de -3,8%, e quero logo de início deixar claro que eu acho que foi muito pior do que isso. O dilema da sustentabilidade no planeta (ou da falta dela) sempre traz a tona discussões sobre o crescimento econômico, e hoje eu quero discutir a correção (ou não) do PIB como métrica desse crescimento.

Como eu, muitos acham que o PIB não é uma boa medida do crescimento de um país. Tão importante quanto atingir um objetivo, é a forma como isso é feito. O PIB mede os “fins”, mas ignora os “meios”. E os fins não justificam os meios.

Há alguns anos, o presidente Sarkozy, encomendou um estudo para tratar do tema, alegando que não mudaremos nosso comportamento enquanto não for alterada a forma como medimos nosso desempenho.

Um outro centro criou o IDH (Indice de Desenvolvimento Humano), que é melhor, porque inclui indicadores sociais, mas também tem suas falhas.

O fato é que um novo índice deve incluir todos os tipos de “riqueza gerada por uma nação”, e não apenas produtos e serviços, como é feito no cálculo do PIB tradicional.

Ora, educar uma criança não é gerar riqueza? Ou devemos medir apenas o número de cadernos (ou lápis) produzidos?

Eu sei que o PIB ainda é representa uma razoável aproximação da riqueza gerada por uma nação. Mas os erros dessa medição vão crescer rapidamente se não passarmos a computar a forma como essa riqueza financeira foi gerada.

Por exemplo: faz muita diferença produzir energia a partir de carvão, ou a partir do vento. O mesmo kWh não pode ter o mesmo valor. Não pode ser medido apenas em kWh.

O “lixo” acumulado pela atividade econômica tradicional é uma espécie de “depreciação” dos ativos desta sociedade. Esse “lixo” inclui o CO2 emitido na atmosfera, os rejeitos (às vezes tóxicos) depositados em lixões, silos ou represas, e a devastação de nosso meio-ambiente por diversas formas. Eu também acho que deve incluir os impactos da escravização de pessoas (boa pauta para uma longa discussão!). E como sabemos, incluirá, mas dia, menos dia, os custos da corrupção.

No mundo da sustentabilidade, todas essas formas de “lixo” são chamadas de externalidades. O custo dessas externalidades vai aparecer um dia. E por isso, sou a favor que comece a entrar na conta desde já, pois está sendo gerado agora.

O PIB de todos os países ignora tudo isso. Os balanços da maioria das empresas também. Ao meu ver, chegou a hora de começarmos a fazer provisões pra pagar essa conta.

domingo, 28 de fevereiro de 2016

Impacto positivo da Schneider aumenta no Brasil

A atuação da Schneider Electric no Brasil em 2015 ocasionou uma economia de 2.136 GWh para seus clientes, mais de 170 vezes o consumo de energia de todas as nossas plantas industriais no país. Por consequência, emitimos muito menos CO2 do que evitamos.

Isso acontece graças a um extenso portfólio de produtos e serviços que geram resultados mensuráveis de eficiência energética, junto com uma clara tendência de busca por ganhos de eficiência. São variadores de velocidade, medidores, sistemas de gerenciamento energético, bancos de capacitores, sistemas de controle e automação, e muitos outros. Tudo isso está consolidado no nosso Placar da Eficiência.

Mesmo num cenário de recessão, o impacto positivo da empresa teve um avanço de 6,1% em relação ao ano anterior, e equivale ao consumo de quase 1,1 milhão de residências, ou mais que todo o consumo de todo o Estado de Tocantins.

É muito gratificante perceber que nossa presença é tão relevante para o país, e ainda contribui tanto para o combate ao aquecimento global. O consumo evitado representa cerca de 265 mil toneladas de CO2 a menos na atmosfera, ou o volume de emissões de 100 mil carros populares.

Como uma árvore adulta consome 22 kg de CO2 por ano, estamos nos sentindo como se tivéssemos plantado 12 milhões de árvores. Mais de 3.000 árvores para cada um dos nossos colaboradores. Ou mais de 8 árvores por dia, pra cada um de nós.

Essas sensação não tem preço e nos dá motivação extra pra continuar o trabalho, aumentando ainda mais o impacto em 2016.