domingo, 28 de fevereiro de 2016

Impacto positivo da Schneider aumenta no Brasil

A atuação da Schneider Electric no Brasil em 2015 ocasionou uma economia de 2.136 GWh para seus clientes, mais de 170 vezes o consumo de energia de todas as nossas plantas industriais no país. Por consequência, emitimos muito menos CO2 do que evitamos.

Isso acontece graças a um extenso portfólio de produtos e serviços que geram resultados mensuráveis de eficiência energética, junto com uma clara tendência de busca por ganhos de eficiência. São variadores de velocidade, medidores, sistemas de gerenciamento energético, bancos de capacitores, sistemas de controle e automação, e muitos outros. Tudo isso está consolidado no nosso Placar da Eficiência.

Mesmo num cenário de recessão, o impacto positivo da empresa teve um avanço de 6,1% em relação ao ano anterior, e equivale ao consumo de quase 1,1 milhão de residências, ou mais que todo o consumo de todo o Estado de Tocantins.

É muito gratificante perceber que nossa presença é tão relevante para o país, e ainda contribui tanto para o combate ao aquecimento global. O consumo evitado representa cerca de 265 mil toneladas de CO2 a menos na atmosfera, ou o volume de emissões de 100 mil carros populares.

Como uma árvore adulta consome 22 kg de CO2 por ano, estamos nos sentindo como se tivéssemos plantado 12 milhões de árvores. Mais de 3.000 árvores para cada um dos nossos colaboradores. Ou mais de 8 árvores por dia, pra cada um de nós.

Essas sensação não tem preço e nos dá motivação extra pra continuar o trabalho, aumentando ainda mais o impacto em 2016.

sábado, 20 de fevereiro de 2016

Quem vai pagar a conta da corrupção?

A corrupção produz um círculo vicioso que reduz a eficiência. Preços superfaturados aumentam o custo das cadeias de produção. A corrupção, portanto, é inflacionária.

Nós brasileiros hoje sabemos disso. A destruição de riqueza atingiu negócios, famílias e o próprio governo. A saudável descoberta dos crimes cometidos provocou um terremoto na economia. Da pior forma, aprendemos o valor da boa governança, negligenciada por anos. Hoje sabemos o que jamais devemos fazer.


Mas será que aprendemos mesmo? Imagine uma firma onde trabalhem dois engenheiros bem diferentes. Um deles é criativo e desenvolveu processos que reduzem custos e podem, portanto, permitir que a empresa ganhe uma concorrência pública. O outro não fez nada disso, mas sabe como chegar à pessoa que vai decidir a concorrência. E mais: sabe com que quantia em dinheiro ele se deixaria convencer a dar a vitória para a sua empresa. Qual dos dois vai ascender na carreira mais rapidamente?

Imagine um país onde isso se torna prática corriqueira. Um país onde o governo movimenta bilhões, e tem participação importante em quase todos os setores da economia. Sim, a resposta é que os postos chave do governo caem nas mãos dos piores. E o mesmo acontece nas grandes empresas que dependem do governo.

Pois bem, não é justo que sejamos liderados por profissionais com baixo padrão ético. O combate à corrupção é fundamental para melhorar o ambiente de negócios neste país. É preciso controlar a inflação e reverter o déficit público. É preciso simplificar o sistema tributário e evitar privilégios a certas empresas. É preciso reduzir a burocracia e a presença do Estado na economia.

A carga tributária no Brasil era 25,9% do PIB antes do Plano Real. Chegou a 35,4% no fim do primeiro governo Dilma. Se contarmos o déficit que o governo vem acumulando, a conta já está próxima de 40% do PIB. Na maior parte, por conta de corrupção e má gestão.

Essa conta não é minha, e eu não quero pagá-la.

#corrupcao #quempagaaconta #custodacorrupcao
#corruption #whopaysthecost #costofcorruption

terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

Cenários de emissões de CO2 e seus impactos

Olhando as INDCs dos países que assinaram o acordo de Paris na COP21, vemos que os compromissos são diferentes e variados. Todos de alguma forma afetam o impacto do homem sobre o clima, mas não é tão simples quantificar esse impacto, e muito menos a contribuição de cada país. Para entender melhor os vários cenários para se alcançar a tão sonhada redução das emissões de CO2, vou apresentar aqui a equação de Kaya (“Kaya Identity”).

Yoichi Kaya e uma equipe de engenheiros especialistas da Tokyo University escreveram a equação abaixo, para projetar o crescimento das emissões de CO2 produzido pelo homem, e seu impacto no meio-ambiente. Trata-se de uma fórmula simples que usa índices comuns do nosso dia-a-dia (aqueles que o William Bonner menciona no JN diariamente).

Veja a equação de Kaya e algumas premissas básicas:


Como a geração de energia é o que mais impacta as emissões, a fórmula deixa de lado impactos pontuais ou regionais como queimadas ou desmatamento. Esta premissa é válida, pois quando pensamos nas emissões de CO2 no planeta como um todo, o que importa mesmo é a geração e uso de energia. Ao decompor o impacto das quatro variáveis acima, Kaya nos permite projetar cenários de forma simples. Eu até fiz isso em uma planilha Excel, que você pode baixar aqui.

A primeira variável é a população. Mais gente exige mais geração de energia, mais produção de alimentos, e mais consumo de recursos em geral. A população da Terra é de 7 bilhões atualmente, e atingirá 9 bilhões de pessoas no meio do século. Esse crescimento, da ordem de 0,9% ao ano, exercerá grande pressão sobre o meio-ambiente.

A segunda variável é a renda per capita (produção de riqueza por habitante), que normalmente é ligada ao padrão de vida das pessoas, e que cresce mais de 2% ao ano (média mundial). Um cidadão americano consome muito mais do que um africano, por exemplo. E obviamente, trazer todos a um padrão de vida americano ou europeu significaria um volume gigante de CO2 na atmosfera. Esta variável é estratégica para países pobres ou em desenvolvimento, que querem ter o direito de “enriquecer” a sua população, o que significa aumentar emissões. Dos países da América do Sul, Argentina, Colômbia e Peru manifestaram isso em suas INDCs.

A terceira variável é a intensidade energética, ou seja, quando a sociedade precisa de energia para produzir riqueza. A chave aqui é usar menos energia, ser mais eficiente. Vários países declararam que incentivarão ações de eficiência energética, dentre eles Brasil, Argentina e Colômbia. Mas esta variável deve considerar também as mudanças de nossa economia, em clara transição para um formato mais “digital”. Há cenários em que a intensidade energética cairá até 2,8% ao ano até 2040.

E a última variável, é a intensidade de carbono na matriz energética. Obviamente, quem quiser melhorar essa variável terá de aumentar o uso de energias renováveis e diminuir o uso de combustíveis fósseis. Não há outras formas de diminuir a intensidade de carbono. A California decidiu que estará livre de carbono até 2050. Mas isso não acontecerá em toda parte. As previsões mais otimistas falam em redução da intensidade de carbono a uma taxa de 2,3% ao ano.

A China, se comprometeu a reduzir em 60% a intensidade de carbono na sua economia (que é o resultado do produto das variáveis 3 e 4). Mas é importante esclarecer que, se as demais variáveis não foram gerenciadas, é possível que as emissões chinesas aumentem assim mesmo. Como a China, o Chile prometeu reduzir 30% as emissões por unidade do PIB. Mas estabeleceu condições mínimas de crescimento econômico para este compromisso.

Outros países, como EUA, Europa e Brasil, se comprometeram a reduzir as emissões totais (que é o que importa) e não apenas algumas variáveis da equação. Os EUA se comprometeu em reduzir 26% suas emissões até 2025 (abaixo dos níveis de 2005). O Brasil prometeu reduzir 37%, com grande parte vindo da promessa de acabar com o desmatamento ilegal. Mas a maior contribuição virá mesmo da Europa, que prometeu reduzir 40% suas emissões em comparação com valores de 1990.

Como um todo, o mundo precisa alcançar o Cenário 450 da Agência Internacional de Energia, que estabelece 450 ppm como a concentração máxima de CO2 na atmosfera para limitarmos o aquecimento global em 2o Celsius. Olhando a equação, parece claro que se queremos zerar as emissões, temos que zerar pelo menos uma das variáveis. Mas não vamos eliminar a população da Terra, nem parar de comer ou de ir trabalhar.

Com isso, nos restam apenas as duas últimas variáveis. E portanto dois caminhos: eficiência energética e energias renováveis. Temos que gastar menos energia. E temos que produzir energia de forma mais limpa. E pelas projeções que você mesmo poderá fazer (baixando a planilha de simulação), é bom começarmos já.

#eficienciaenergetica #emissaodecarbono #energiasrenovaveis #mudancasclimaticas #pegadadecarbono #sustentabilidade #energyefficiency #carbonemissions #renewableenergy #climatechange #carbonfootprint #sustainability

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

A ligação entre inovação e economia circular

Steve Jobs disse que não se importava em ser o homem mais rico do cemitério. Preferia o gostinho de ir para a cama todas as noites sabendo que havia feito algo maravilhoso.

Esse é o ponto principal deste post.

Desde a revolução industrial, a humanidade tem se aproveitado dos recursos naturais para melhorar seu padrão de vida. Mas estes recursos estão ficando escassos e caros, e parece que chegou a hora de começarmos a fazer algo maravilhoso, como gostava Steve Jobs. Na COP21 em Paris, falou-se muito sobre redução das emissões de CO2. Mas outro ponto tão ou mais importante, é a necessidade de criação de uma economia circular.

Numa economia circular, o crescimento econômico não se dá pela extração e do consumo de recursos escassos, e sim ao se fazer os recursos existentes serem produtivos o máximo possível. Em outras palavras, significa mudar a forma de usar as matérias-primas, reduzir o lixo alimentar e eletrônico, desenvolver novas técnicas de reciclagem, criar novos materiais de construção e formas de usar os antigos, e criar novas fontes de energia a partir do lixo.

Ao usar uma cadeia de suprimentos circular, processos como desenho de produtos e gestão de resíduos se tornarão mais eficientes e produtivos. A seguir, listamos 3 formas clássicas para se começar esta jornada:
  1. Pratique mais reciclagem. Há produtos que podem ser reciclados indefinidamente, como vidro, aço, alumínio e cobre. Outros, como papel e plásticos, se deterioram a cada reciclagem. Priorize os primeiros.
  2. Alugue, ao invés de vender. A reciclagem, por melhor que seja, depende do usuário final para funcionar. Ao vender o uso dos produtos, no lugar dos próprios produtos, as empresas mantém a propriedade dos produtos durante toda sua vida útil, o que lhes permite reformar ou reciclá-los para uso novamente.
  3. Crie formas de aumentar o uso dos produtos. Ao invés de jogá-los fora, reforme-os e aumente sua vida útil. Existem mercados para produtos reformados que podem ser vendidos a preços mais baixos.
Em Paris, 196 países assinaram um acordo para criarmos um futuro melhor. Mas isso não vai acontecer sem soluções inovadoras de empresas e consumidores. Quanto antes começarmos a criar uma economia circular, melhor para todos nós. E ainda poderemos curtir o fato de termos feito algo maravilhoso.

#circulareconomy #climatechange #sustainability
#economiacircular #mudancasclimaticas #sustentabilidade

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

Schneider é escolhida a 12a empresa mais sustentável do mundo

A Corporate Knights, publicação canadense especializada em responsabilidade social e desenvolvimento sustentável, divulgou nesta semana a sua tradicional lista "The Global 100", que lista as empresas com as melhores práticas de sustentabilidade corporativa em todo o mundo. O levantamento começou a ser feito em 2005 e é anunciado, anualmente, durante o Fórum Econômico Mundial, em Davos.

A publicação seleciona empresas de todos os setores com base em 12 indicadores principais. São eles: energia, emissões de carbono, consumo de água, resíduos sólidos, capacidade de inovação, pagamentos de impostos, a relação entre o salário médio do trabalhador e o do CEO, planos de previdência corporativos, segurança do trabalho, percentual de mulheres na gestão e o chamado "bônus por desempenho". Este último quesito procura identificar se a remuneração dos executivos está, de alguma forma, atrelada ao desempenho de sustentabilidade empresarial. Para a publicação, esse tipo de bonificação ajuda a estimular as boas práticas.

Quem lidera a lista de 2016 é a BMW, que estava em sexto lugar no ano passado. A empresa marcou mais de 80 por cento nos 12 principais indicadores, com performances notáveis nas áreas de energia, resíduos e redução no uso de água, além de uma nota máxima em "bônus por desempenho".

A Schneider Electric foi apontada como a 12a empresa mais sustentável do mundo, e mais uma vez, foi a primeira colocada na área de equipamentos elétricos. . Este é o terceiro ano em que a empresa fica entre as "top 15". No ano passado tinha ficado em nono, e em 2014 em décimo lugar.

Veja a lista das 15 empresas mais bem colocadas:

Rank Empresa País Área/Indústria
1 BMW Alemanha Automóveis
2 Dassault Systemes França Software
3 Outotec Finlândia Construção
4 Bank of Australia Austrália Bancos
5 Adidas Alemanha Vestuário
6 Enagas Espanha Gás
7 Danske Bank Dinamarca Bancos
8 StarHub Cingapura Telecomunicações
9 Reckitt Benckiser Reino Unido Produtos domésticos
10 City Developments Cingapura Incorporação
11 Centrica Reino Unido Multi Utilidades
12 Schneider Electric   França Equipamentos elétricos
13 Coca-Cola EUA Bebidas
14 L'Oreal França Uso pessoal
15 Kesko Finlândia Alimento e Varejo

Referência: Exame.com