domingo, 13 de maio de 2012

TRI3 significa três vezes Tri-Campeão

Ser campeão paulista nunca me empolgou. Há bastante tempo eu me tornei favorável ao fim dos campeonatos estaduais. O único que "presta" é o Paulista, por ter quatro clubes fortes, técnica e economicamente, além de mais dois ou três times médios que gostam de aprontar boas surpresas. Nos outros estados, todo mundo já sabe qual vai ser a final, antes do campeonato começar.

Mas o fato é que os estaduais existem, e que durante sua disputa quase não existem jogos de seleções ou datas FIFA. E com isso o Santos conseguiu, nos últimos três anos, criar mais uma marca na história do futebol, ao cravar o terceiro tri-campeonato paulista consecutivo, algo jamais conseguido por nenhuma outra agremiação. Feito alcançado, indiscutivelmente, graças à genialidade de Neymar. O Santos foi tri em 1960-1961-1962, depois em 1967-1968-1969, e agora 2009-2010-2012. Antes do Santos, o último tri tinha sido o Corinthians, em 37-38-39, antes do futebol ser profissional, ou mesmo da Federação Paulista de Futebol existir.


História à parte, prefiro ver meu time jogar contra adversários do mesmo nível, ou pelo menos, de um melhor nível. Por isso, gosto mesmo da Libertadores e do Brasileiro. Só que o Brasileiro estará comprometido, e jamais será justo como um campeonato europeu, até que as datas da Seleção façam parte do calendário nacional. Digo isso pois se um time perde 3 jogadores para a Seleção durante 15 rodadas, sua campanha fica completamente inviabilizada se a fórmula for em pontos corridos. Isso obviamente não acontece na Europa. Aqui, por conta das datas reservadas aos Estaduais, os melhores clubes são sacrificados no Brasileiro. Por isso, na minha lógica, a existência dos Estaduais prejudica a qualidade do Brasileiro.

Mas os Estaduais, vão continuar, pelo menos por alguns anos. E não poderemos mais entoar o canto "Vamos ser TRI Santos". Estou tentando pensar um grito com a palavra "tetra", mas essa palavra é muito ruim pra cantar ou rimar. Bom, então que venha o tetra, na Libertadores e no Paulista de 2013, mesmo sem um grito de guerra específico.