sábado, 23 de outubro de 2010

Obrigado por tudo, meu Rei!

Naquele outubro de 1974 eu tinha 12 anos e chorei muito ao ver Pelé ajoelhar-se no centro do campo e abrir os braços. Sua despedida já estava anunciada, e eu sabia que estava presenciando um fato histórico. Nunca mais haveria um jogador como aquele na face da Terra.

Fui um garoto mimado. Na minha primeira Copa do Mundo, em 1970, eu torci para a maior seleção brasileira de todos os tempos. Um time mágico, que ganhou de todos os adversários, e na maioria dos jogos fez 3 ou 4 gols. Não tinha pobreza! Foi goleada da estréia até a final.

Aquela Copa criou minha paixão pelo futebol. A paixão pelo Santos veio depois, quando passei a frequentar os estádios, ainda garotinho. Fui ao campo ver Pelé várias vezes, e invariavelmente, eu voltava feliz ou hipnotizado.

Lembro do "gol de placa" contra a Portuguesa, no Pacaembu, que eu demorei vários anos pra entender. Cruzamento na área, o "homem" mata a bola no peito, perto da linha da grande área, e emenda um "sem-pulo" de esquerda, no ângulo. Não entendia quando meu pai dizia para sairmos do estádio e pagarmos ingresso novamente. Tampouco entendia o grau de dificuldade do lance. A matada antológica. O chute preciso. De esquerda.

Pelé ganhou tudo. Foram 45 títulos só com o Santos.  E mais 3 Copas.
Pelé fez o nosso país conhecido, e reconhecido.
Obrigado, Rei!

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