sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Recorde de 400 ppm de CO2 na atmosfera

Enquanto há poucos dias o CDP publicou a Lista A do Clima, com as 113 empresas que mais trabalharam para reduzir o impacto das mudanças climáticas em todo o mundo, outras tem tido comportamento bastante distante desse objetivo. São os casos da Volkswagen, com os falsos relatórios de emissões de seus veículos, e da Exxon, que está sob investigação nos EUA por possivelmente ter mentido ao público sobre os riscos das mudanças climáticas.

A verdade é que enquanto muita gente vem trabalhando para reduzir emissões de CO2 e construir um mundo mais sustentável, outros nem começaram a se mexer. E com isso o resultado consolidado mundial está longe do ideal. As emissões globais de CO2 seguem crescendo, nunca foram tão altas, e nem começaram a baixar. Recentemente, atingimos marca de 400 ppm (partes por milhão) de dióxido de carbono na nossa atmosfera. Segundo os cientistas do IPCC, não podemos passar de 450 ppm para limitar o aquecimento global a 2o Celsius.

Apenas as emissões para geração de energia se estabilizaram em 2014. Se considerarmos o todo das emissões, ainda nem começamos a reduzir. E é importante deixar claro que isso não significa que paramos de emitir. Pelo contrário. Ainda emitimos muito CO2, e continuamos a encher nossa atmosfera de CO2, ano a ano. Os compromissos assumidos pelos países que comparecerão à COP-21 em Paris (New Policies Scenario na figura abaixo) não são suficientes para atingirmos um cenário de 450 ppm, o que limitaria o aquecimento aos níveis desejáveis atualmente.

Para não ultrapassarmos as 450 ppm (450 Scenario), são precisos enormes ganhos de eficiência. Segundo a IEA (International Energy Agency), a eficiência energética deverá trazer a maior das contribuições para a redução das emissões até 2020, conforme figura abaixo.
Cenário para 450 ppm Para manter o aquecimento global em 2º C, quase 3/4 da redução das emissões de CO2 até 2020 terão de vir de ações de Eficiência Energética. No horizonte até 2035, esse valor ainda ficará acima de 40%.

Referências:
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