quinta-feira, 5 de novembro de 2015

40% das empresas "Fortune 500" não existirão daqui a 10 anos

A maioria das empresas está tratando a sustentabilidade apenas como um problema operacional, e fugindo à responsabilidade de alinhar suas estratégias à nova realidade. Por isso, uma grande parte das maiores empresas do mundo (“Fortune 500”) não existirão daqui a 10 anos.

Não basta medir a pegada de carbono de seus produtos e de suas cadeias de suprimento. Não basta tentar se proteger de eventos climáticos extremos. Há muitas outras razões, principalmente econômicas, para se tratar a sustentabilidade como uma oportunidade para novos negócios, e para mitigar riscos numa economia de baixo carbono ainda em construção.

A resposta da sociedade à questão das mudanças climáticas exigirá produtos e serviços diferentes dos que usamos hoje. Por isso, empresas deveriam estar repensando suas marcas, portfólios e operações, e não apenas a quantidade de carbono que emitem.

As mudanças climáticas farão uma radical transformação nos negócios, e criarão ambiente para uma nova geração de empresas que derrubarão as que conhecemos. Tesla. Nebia. Honest. Há inúmeros exemplos de empresas que fizeram apostas estratégicas na sustentabilidade, e estão se dando muito bem.

As pessoas estão mudando hábitos de consumo, e isso vai aumentar exponencialmente. A geração do milênio não tem dúvidas que o aquecimento global é consequência da ação humana. Isso dará às empresas “verdes” uma grande vantagem competitiva. Os governos também já estão discutindo taxação do carbono, e provavelmente teremos algum tipo de cobrança pelas emissões nos próximos 10 anos.

Pra aproveitar as oportunidades de um futuro com menos carbono, as empresas terão de discutir a sustentabilidade de forma mais séria, consistente e estratégica. Suas operações deverão exigir menos recursos, sejam eles materiais, econômicos ou energéticos. As tecnologias mudarão. Os métodos de produção também.

E esta não é uma discussão simples. Será necessário envolver pessoas com visões distintas e conflitantes, e que nem sempre querem dialogar. Aqui e ali muitos já começaram esta conversa, enquanto outros estão de olho na sua fatia de mercado e nos seus clientes. Estamos num ponto de inflexão. Fique esperto.

Referência: Capitalizing on a low carbon future

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