segunda-feira, 21 de setembro de 2015

A eficiência energética pode ajudar o ajuste fiscal

Nos últimos anos, a geração de energia foi responsável pelo maior crescimento nas emissões de gases de efeito estufa no Brasil. A coisa só não foi pior porque o desmatamento, origem da maior parte das emissões brasileira, diminuiu bastante o volume de emissões.

Na contra-mão da maioria dos demais países, o Brasil está piorando sua matriz energética. Se examinarmos para o Plano Decenal de Energia do governo federal, que prioriza investimentos da ordem de 1 trilhão de reais, veremos que 70% dos investimentos deverão ser aportados a projetos ligados a produção de combustíveis fósseis, contra apenas 22% para as energias renováveis.


Não é preciso muito para se constatar o óbvio:
 - temos que diminuir os subsídios à gasolina,
 - temos que investir em P&D para energia solar e eólica,
 - temos que retomar o investimento em biocombustíveis, e
 - temos que priorizar ações de eficiência energética.

Se o governo brasileiro priorizasse energia renovável, eficiência energética, transporte coletivo e diminuisse os subsídios para combustíveis fósseis, a redução das emissões poderia chegar a 40%, o que daria ao Brasil um papel de liderança no combate às mudanças climáticas.

O tema da eficiência energética ganha ainda mais importância no momento de crise econômica atual, onde as empresas não tem dinheiro para investir, e nem querem tomar riscos.

Mas o setor público tem interesse e obrigação de reduzir custos. Seria o momento ideal para um "PAC da eficiência energética", priorizando a redução do consumo de energia em todos os prédios públicos e todas as estatais do país. Seria fácil encontrar empresas dispostas e investir em projetos desta natureza.

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