segunda-feira, 29 de junho de 2015

Quando vamos começar a pagar pelo carbono que emitimos?

Quarenta países e mais de vinte cidades ou províncias ao redor do mundo já usam ou estão planejando usar sistemas de precificação do carbono, a única forma conhecida de se conseguir resultados práticos para reduzir os riscos decorrentes das mudanças climáticas.

O Brasil, como em qualquer comparação com outros países, está atrasado. Estamos na fase de planejamento. Mas é bem melhor do que nada.
 Carbon Pricing

Dentre os países que já aplicaram estes mecanismos, a Suécia é onde o carbono custa mais caro: US$ 130 por tonelada. Depois vem Finlândia e Suiça (US$ 62/ton), Noruega (US$ 53/ton no pico) e Tóquio (US$ 38/ton). Todos países ultra-desenvolvidos.

Os países onde o carbono custa menos são: México, Polônia, Estônia, Portugal e algumas províncias da China, todos abaixo de US$ 5 por tonelada.

Pois bem, a máxima de que lá na Escandinávia eles "podem pagar" é uma tremenda bobagem. O carbono tem um custo, que pode ser 5 ou 130 dólares por tonelada, mas certamente não é zero. O ponto aqui é começar a enfrentar esse grave problema, e criar mecanismos que cobrem um preço justo pelas emissões. Eu acho que as atividades ou empresas que querem poluir o planeta, devem pagar pela limpeza. A idéia dos sistemas de precificação de carbono é justamente cobrar pela emissão de gases de efeito estufa, para poder financiar a limpeza.

Não é simples? Pois bem, então por que tantos governos ainda não embarcaram nessa iniciativa?
Por que o Brasil, que tem uma das matrizes energéticas mais limpas do mundo, não assume um papel de protagonismo nesse processo?
Ao meu ver, teríamos uma condição natural e invejável de liderança, seja pela hidroeletricidade, seja pelo álcool. Mas pra isso nosso governo teria que pensar no longo prazo, e fingir que não é dono da empresa dona do monopólio de petróleo no país. Considerando que tem eleição logo logo, essa não é uma decisão fácil.

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